| 
                   Foto:  https://www.lusofoniapoetica.com/angola/aires-almeida-santos 
                    
                  AIRES DE ALMEIDA SANTOS 
                    ( Angola ) 
   
   
                    Poeta e jornalista  angolano, Aires de Almeida Santos, nascido em 1922, no Planalto Central, no  Chinguar, Bié (Angola), viveu, contudo, a sua infância junto do mar, na cidade  de Benguela, entre o Bairro do Benfica e a Escola da Liga, onde fez a escola  primária, e a adolescência na cidade do Huambo. 
                      Publicou Meu amor da Rua Onze (1987) e A Casa (1987).  
                    
                  
                  POESIA SEMPRE. Ano 13   Número 23  Angola e  Moçambique  Editor Marco Lucchesi.Rio  de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2006.   No. 10 370      
                  Exemplar da biblioteca de  Antonio Miranda. 
                    
                        Meu amor da  rua Onze  
                     
                    Tantas juras nós trocámos, 
                      Tantas promessas fizemos, 
                      Tantos beijos nos roubámos 
                      Tantos abraços nós demos. 
   
                      Meu amor da Rua Onze, 
                      Meu amor da Rua Onze, 
                      Já não quero 
                      mais mentir. 
   
                      Meu amor da Rua Onze, 
                      Meu amor da Rua Onze, 
                      Já não quero 
                      Mais fingir. 
   
                      Era tão grande e tão belo 
                      Nosso romance de amor 
                      Que ainda sinto o calor  
                        Das juras que nós  trocámos. 
   
                      Era tão bela, tão doce 
                      Nossa maneira de amar 
                      Que ainda pairam no ar 
                      As promessas que fizemos. 
   
                      Nossa maneira da amar 
                      Era tão doida, tão louca 
                      Qu´inda me queimam a boca 
                      Os beijos que nos roubávamos. 
   
                      Tanta loucura e doidice 
                      Tinha o nosso amor desfeito 
                      Que ainda sinto no peito 
                      Os abraços que nos demos. 
   
                      E agora 
                      Tudo acabou 
                      Terminou nosso romance 
   
                      Quando te vejo passar 
                      Com teu andar 
                      Senhoril, 
                      Sinto nascer 
                      E crescer 
                      Uma saudade infinita 
                      Do teu corpo gentil 
                      De escultura 
                      Cor de bronze, 
                      Me amor da Rua Onze. 
   
                      In Meu amor da Rua Onze.  
                         
                        * 
  VEJA  e LEIA outros poetas de ANGOLA em nosso Portal: 
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_africana/angola/angola_index.html  
                    
                  Página publicada em abril  de 2025. 
                  
  |